segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pagaremos pelo ar que respiramos?

Escrever em um blog, meus amigos não é tarefa nada fácil. Mesmo que este não seja muito visitado como o meu, a responsabilidade é grande; é preciso uma grande dose de coragem para dizer o que se pensa, perspicácia para perceber a vida a nosso redor, além de uma bela musa inspiradora. Também é preciso mesclar os temas para que não canse o leitor com assuntos repetitivos. Assim, tenho dividido meus assuntos em cunho espiritual e filosófico e do quotidiano e neste último não há como não se ter uma ponta de senso crítico para poder alfinetar e por que não falar sacudir o leitor e entra aí também um pouco de humor irônico.





Mas... Vamos ao que interessa:








A vida está assustadoramente difícil para todos. Se houver saúde, meio caminho andado. Podemos nos dar por felizes,pois não teremos que dilapidar nosso pobre dinheirinho enriquecendo laboratórios multinacionais, e olhem que um simples analgésico não está para brincadeira, imaginem então, um medicamento mais sofisticado...Sem contar com os aumentos de preço desanimadores que equiparam este tipo de necessidade a artigos de luxo. Adeus bons tempos em que todos tinham condição para se tratar!Hoje, a guerra entre laboratórios é de última geração,até remédios de R$ 1,99 invadem o mercado, imaginem a qualidade onde é que foi parar! Nesta pugna onde vence o que melhor conseguir se destacar quem mais sofre é, como sempre, o menos privilegiado economicamente que fica à mercê das campanhas estaduais e federais, mendigando por um medicamento nos postos de saúde, os quais nem sempre possuem a qualidade necessária e todas as drogas pretendidas, restando como último recurso a assistência social em meio a filas quilométricas, mau atendimento, que muitas vezes mata o doente antes que este consiga seu intento.

Impostos surgem e atingem o cidadão como uma bomba relógio; programados periodicamente dão a impressão de que são objeto de estratégias políticas para aumentar a arrecadação que nunca é suficiente: paga-se para ter saneamento básico (até para manipulação do lixo, já fomos extorquidos, sem ver resultado eficiente algum, quer fosse na coleta sem qualidade, quanto no seu descarte), paga-se para termos água potável,imensas somas para termos energia elétrica,remunera-se para uma segurança que inexiste praticamente,gerando inúmeros tipos de seguros particulares:de vida, residencial, de automóvel, rastreamento de veículos via satélite (e o próprio cidadão acha fantástico, algo de última geração esquecendo-se que paga por isto altas somas),planos de saúde ineficientes. Ao adquirir bens de consumo sem melhora de qualidade deixamos também algumas notas assim como para a Educação pública e por que não dizer também a particular muito aquém do padrão de qualidade necessária. Pagamos para podermos dirigir um carro além dos exorbitantes impostos para circular com este veículo, os pedágios proliferam nas rodovias como ervas daninhas e já se especula a possibilidade de cobrá-lo também nas vias públicas.Pagamos taxas municipais para estacionar um carro e como se isso ainda não bastasse, vemo-nos nas mãos dos flanelinhas subempregados com autorização das autoridades que não tem olhos nem vontade para resolver o problema,deixando a sociedade refém de marginais e coagida a entregar mais uma parcela do seu "grande salário" Isto é um absurdo!Não há dinheiro que consiga cobrir todas estas despesas.

Falando do cidadão jurídico então, não caberia aqui enumerar todos os encargos que lhe são impostos: paga órgãos estaduais para abrir sua empresa, taxas municipais para que seu estabelecimento possa funcionar, paga para colocar letreiros, o famigerado CADAN, se tem um recurso de mídia em seu negócio por mais simples que seja ECAD nele, e não há ponderação quanto à taxa a ser imposta, além de viver assombrado com medo das multas que são verdadeiros pesadelos, tem que pagar por serviços de sindicatos de toda a sorte e tipo que nada garantem.

Ainda existem os pagamentos de ordem particular geridos pelos bancos, entidades que vivem livremente da exploração e especulação econômica, o mal necessário para a pobre sociedade moderna, que sucumbe entre taxas de cartões de crédito, cheques especiais e empréstimos de toda a sorte que caracterizam-se como tábua de salvação a muitas empresas, apesar dos pesares.

Tudo isso em meio a grande corrupção de órgãos fiscalizadores que não admitem sua falta de dignidade e ética.

Se assim continuarmos, dentro de pouco tempo seremos obrigados a utilizar um relógio para pagarmos o próprio ar que respiramos, taxas diferentes para qualidade deste ar, é óbvio,o que obrigará os cidadãos a economizá-lo ou realizar "gatos" para amenizar seus gastos.