terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Infelizmente o sentimento de renovação do Natal existe apenas nas palavras...


SERÁ O FIM DO MUNDO?




Este texto não se destina a falar sobre iminência do final do mundo no dia 21 de dezembro passado como pregaram jornais e noticiários de TV baseados nas previsões do Calendário Maia.
A agitação foi geral, embora não tenha sentido desespero das pessoas pelos lugares onde estive. O que havia era uma grande incredulidade presente no ar dado aos vários alarmes falsos que já ocorreram de forma semelhante em outros anos. O mundo já esteve para acabar muitas e muitas vezes, no entanto, ele aí está, a girar indiferente a tanta mediocridade.
Por todo o noticiário de TV que se dividia entre vitórias de times de futebol e tragédias violentas que sacudiram os ânimos e entristeceram, foram  relatados casos de pessoas que se ocuparam em construir arcas à semelhança da história bíblica de Noé gastando imensas fortunas para safar-se da hecatombe e permanecerem vivas, outras que migraram para locais protegidos por placas de cristais e outras loucuras mais, no intuito de manter a salvo a sua existência e a de sua família.
Entretanto, ninguém se preocupou em salvar o seu espírito, engrandecer seus valores, efetuar mudanças significantes na sua conduta insuportável e fútil.
Vemos pessoas sem conteúdo algum, sem vida própria, sem o devido desenvolvimento intelectual, que apenas se ocupam do consumismo exagerado quando não vivem a vida de outras tocando sempre a mesma nota do teclado, que de tão tocada já desafina...
Às vezes me questiono indignada se não estarei a ficar intolerante demais, pois é para mim totalmente irritante ter que participar de diálogos inconsistentes que elogiam o corpo transformado pela lipo de sicrana, a juventude artificialista trazida pela aplicação de botox em beltrana, talvez o lifting e a cirurgia plástica ou ainda o silicone implantado em seios e região glútea de celebridades ou de peruas ou patricinhas que só idolatram a aparência visual quando deveriam se preocupar em efetuar uma operação plástica em seus cérebros! Quem sabe talvez o aperfeiçoando conseguissem enxergar melhor a posição ridícula em que se encontram. Sinto-me pouco à vontade em reuniões deste tipo onde da minha parte apenas existe o silêncio aterrador, nessas horas o “sem palavras” é o recurso mais recomendável, embora cause um tremendo mal-estar, uma reviravolta no mais fundo do âmago ter que concordar, sim, porque quem cala consente que a desmiolada de botox e silicone é maravilhosa e que anda cortejada por milionários.Ah! se pensamentos fossem revelados, a convivência seria praticamente impossível: de que adianta o milionário, se ele também pela própria escolha que faz é “farinha do mesmo saco”? É vaso sem flor, lâmpada queimada, fósforo que não dá chama... Cabe aí o velho ditado: “Diga-me com quem andas que eu te direi quem és... Sábio provérbio que cai como uma luva numa situação dessas. O clima torna-se simplesmente insustentável porque este silêncio que me acomete como se um gato tivesse me comido a língua, induz a sensação de que há um sentimento de inveja de minha parte por não concordar com os comentários imbecis que me invadem os ouvidos e calam minha voz quando em inúmeras ocasiões a roda de inúteis comenta sobre celebridades sem valor algum que viram nos facebooks da vida. Quanta insensatez! Enquanto disso se ocupam, seus filhos desajustados e dominados não conseguem ter independência ou vida própria, são verdadeiras marionetes manipuladas constantemente. Não há o que falar, porque apenas sairia um impropério, um grito retumbante de revolta perante tamanha pequenez e ignorância de vida. Pois só um ser totalmente insensível, acéfalo, ou de encéfalo já atrofiado pelas constantes superficialidades poderia desta forma agir.
O pior de tudo isto é que este superficialismo não tomou conta apenas de significante número de pessoas, ele dominou as artes, revelado em filmes de temas inconsistentes e irrelevantes que o que mais fazem são promover produtos e empresas milionárias; novelas de TV que abordam assuntos onde grassa a mediocridade, a incoerência e a inverossimilhança perante à realidade, dividindo-se em narrativas das classe antagônicas onde, por incrível que pareça, o pobre vence a luta contra os milionários...Grande consolo para uma camada escravizada da população  que ainda acredita em estórias da carochinha. Os heróis atuais são fúteis, sem valores dignificantes, a abrangência dos temas nunca é aprofundada como dantes e não causam sensação alguma, aliás, causam sim, sensação de tédio e depressão, quando muitos inacreditavelmente somente contam com essa antiarte, anticultura que só mostra frivolidades, e muitas outras "ades" como meio principal de lazer. E o mais incrível é que faz sucesso entre os pobres infelizes!
Sabem de uma coisa, acho que a pobre infeliz sou eu, à semelhança da conclusão do  Dr. Bacamarte, no Alienista, tão bem colocada na literatura machadiana, um ser que não consegue mais adaptação no meio artificial e maldoso em que vive, onde a crítica aos amigos ausentes é uma constante, onde a valorização da posição social e do dinheiro é colocada em primeiro plano em relação ao altruísmo e a dignidade de caráter que antes eram valores principais em um homem, independente do status e classe social que ocupava.Onde a falsidade, o oportunismo e a preguiça física e mental já forma os futuros "Alzheimerers" que começa cedo com as mensagens repetitivas de manhã à noite dos belos programas de TV exibidos por emissoras que deveriam adotar o nome: "Vale a pena ver de novo" que não estimulam o cérebro, ou os neurônios a se exercitarem, atrofiando-os e matando-os gradativamente. A propósito, os ilustres pesquisadores deveriam fazer uma tese a esse respeito.
É uma pena ter que falar de assunto tão desagradável em uma época de confraternização como esta. Mas quem foi que disse que isso é confraternização, onde muitos falam e poucos se calam para não ser grosseiros, transformando-se em robôs ou vaquinhas de presépio a sacudir a cabeça,  em nada aquiescendo com aqueles despautérios?
Por tudo isso, como falar em fim do mundo? Ele já acabou há bastante tempo, olhem a sua volta...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012


O ano está já no seu final.Pouco é o espaço que nos separa de outra época e de novos acontecimentos. Não se esqueçam, entretanto da experiência vivida...










   MAIS UM NATAL PASSARÁ...



Mais um ano que se  vai....Não sei, mas esses términos de ano dão-me uma sensação triste de perda.Se pudesse associá-los a uma pintura seria a surrealista de Dali, “ A persistência da memória” sobre o tempo que se esvai presente em todos os objetos e acontecimentos ao meu redor. Realmente a frase tempus fugit para mim é a que melhor ilustra este período. Não sei se a proximidade do final do ano provoca em outras pessoas essa mesma sensação: uma vontade de reter comigo todos os momentos vividos; os sorrisos, lágrimas e alegrias sem deixar que se vão, não permitindo que escapem e não voltem jamais...Porque são únicos, presos a episódios que não se repetirão. 
Numa observação constante das pessoas que me rodeiam, sinto-as apressadas, ansiosas para livrarem-se de seus afazeres com a finalidade de entrarem no clima natalino, esquecendo-se de que estamos virando mais uma página importante da nossa existência a qual muitos negligenciaram,  trataram com descaso, usando palavras ásperas, vulgares na sua composição. A agitação pelo consumismo exagerado e a ida às compras são o motivo principal de tanto descaso para com o ano que agoniza. Ninguém se lembrou de analisar sua conduta, ponderar  se realmente ela foi válida como experiência para que os erros não se repitam no próximo ano. Vejo pelo caminho de volta para casa pessoas se despedindo superficialmente das outras, até trocando presentes de amigo secreto numa pressa incontrolável deixando escapar preciosos e únicos instantes cujos personagens poderão não estar presentes dali a segundos.
O final do ano leva com ele o término de muita coisa, de amizades que se desabrocharam muitas das quais murcharão e não voltaram a nascer novamente, de projetos de vida e de trabalho tão sonhados e sofridos em expectativas que agora nada mais são do que poeira ao vento, de relacionamentos  levando sonhos e planos para o nada e para tantos outros o fim de vidas de entes queridos que ao partir levaram um pouco daqueles que tanto os amaram.
O término de um ciclo, é isto o final do ano, trabalhos que culminam, e saudades muitas saudades... E enquanto todos riem e bebem e comemoram, eu me entristeço, sempre.
Quantos discursos, juramentos proferidos nessas épocas que me ressoam através do tempo sempre povoados da névoa da tristeza pela consciência de que estou passando junto com os momentos preciosos onde  mais uma etapa  se vai.
Sinto pelo que não foi realizado: abraços não trocados, palavras mais eficientes ou carinhosas que deixaram de sair da minha boca no momento exato, da ajuda não oferecida na oportunidade que se foi, do sentimento não revelado pela timidez ou carência de tempo, do carinho não oferecido na hora certa em detrimento do trabalho, do agradecimento sincero que não se verbalizou a quem merecia... Infelizmente somos seres humanos! E quantos erros cometemos! Prometemos a nós mesmos que no ano vindouro será diferente e tudo mudará, porém os mesmos erros ocorrerão ocasionados pela maldita pressa. Por tudo isso, é que talvez queira prender o tempo não deixando que ele escape.
As festas natalinas se aproximam, muitos desejos, encontros e confraternização vão acontecer, mas certamente nunca haverá de nossa parte  a real importância que devemos dar aos momentos vividos...











quinta-feira, 15 de novembro de 2012





















A minha prima Lúcia:




Hoje, feriado, 15 de novembro...Quantas repúblicas já se passaram... De quantas delas não participei no meu tempo de escola, que já vai longe, desfilando em vias públicas, em companhia do colégio todo, que lotava de rostos jovens e belos as manhãs cívicas  das festas nacionais. Por vezes, na fanfarra tocando o ritmo para que todos marchassem naquelas gloriosas manhãs, de uniforme novo,  exibindo uma saia preta de prega macho na frente, camisa branca e jaqueta vermelha e preta, boné vermelho na cabeça, à moda Beatles e nos pés, sapato social preto e meias brancas. O surdo brilhando, novinho em folha, conversando com as cornetas, zabumbas e caixas onde primos, amigos e até ex-namoradinho participavam numa felicidade indescritível. No delírio juvenil, onde só havia lugar para o riso e a euforia vivemos momentos inesquecíveis. Acredito que todos daquela geração, assim como eu que vivi dias e noites coloridas dos anos dourados, sintam-se assim, como me sinto agora ao relembrar tempo tão ditoso que não voltará jamais...
Atualmente, já não há mais o entusiasmo em nossas escolas, onde o desânimo tomou conta de tudo e de todos, sobretudo no que diz respeito a civismo e datas nacionais,  a frieza substituiu o patriotismo e a descrença e o desânimo invadiram as almas dos jovens, cuja participação solitária nestas festas conta  com a presença de alguns poucos, mais semelhantes a robôs controlados, que precisam de corda para participarem realizando uma marcha insensível em um local pré-determinado para todas as festas, sejam elas  carnavalescas, futebolísticas e cívicas como a data de hoje. E, principalmente esta, a da comemoração da República  tem o seu  final  esperado com ardor, mais ardor do que ver a bandeira nacional, que nada mais é hoje do que um pedaço de pano verde e amarelo, que nada mais diz aos corações, pois nem sequer há olhos para  o globo azul salpicado de estrelas onde se destacam os estados do Brasil.
Mas não estou aqui a escrever apenas para relembrar estas festas na época da minha juventude.Quero hoje te dizer, cara prima, que me comovi com o desânimo que senti em tua voz hoje ao telefone.Um desalento em relação a nossa condição sofrida de educadoras, que não veem seu trabalho reconhecido por ninguém... Anos e anos de dedicação, de doação para a construção de um mundo melhor e em troca nem salário digno, nem agradecimentos....
Lembro-me bem da tua juventude, uma bela garota de pele branquinha e cabelos e olhos muito negros, ativa e estudiosa, corpo esbelto e cinturinha minúscula abraçada por um cinto de couro preto muito largo, à moda da época. A saia de uniforme plissada, impecável e a blusa tão branca cujo bolso trazia as iniciais do nome da escola como era o costume. Quanta admiração sentia ao te ver, adulta enquanto que eu magrinha, apenas uma criança em desenvolvimento invejando ficar como você.
Também tenho lembrança meio esfumada pelo tempo dos ídolos de quem era fã como os cantores Pat Boone, Paul Anka, o seu preferido,  cujas músicas você ouvia pelo rádio, porque naquela época não tínhamos bens de consumo como os jovens de hoje.De todos os cantores que você me apresentou fiquei apaixonada pelo Elvis, e dele nunca mais deixei de cultuar, ganhando um sofrido LP raríssimas vezes do meu querido pai que fazia o possível e o impossível para me ver feliz... Bons tempos aqueles...Quando relembro chego a sentir os aromas e cores daquela juventude maravilhosa que enchia a praça principal da nossa cidade. Você já era moça feita e namorava em casa, enquanto  eu, uma magrelinha, que queria ser gente grande, insistia com minha mãe para que me fizesse sempre um novo vestido, a fim de  que pudesse sonhar de princesa à espera do príncipe encantado! O tempo passou, tornei-me adulta, nós nos casamos, você descasou, tivemos filhos, mas nunca perdemos o nosso elo, a nossa amizade sincera que nos conforta quando precisamos trocar ideias, ou lamentar algum episódio frustrante ou triste.Os filhos, nossas joias preciosas que enfeitaram nossa vida e a encheram de cores, foram batalhar pelas suas vidas e sobramos apenas nós, na nossa labuta diária que nos toma toda a existência apesar da idade e das agressões do tempo, sem desanimar, lutando por uma vida melhor.
Por tudo o que vivemos e compartilhamos, mesmo quando estávamos distantes, é que te digo: não esmoreças, não desanimes e a cada dia valorize a dádiva da vida, que é única, valorize o tempo procurando vivê-lo intensamente a cada segundo que nos resta. Se esmorecer, te ofereço ajuda, se te animares prometo rir e festejar contigo, como sempre, para sempre...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012



Finados - mais uma vez é hora de lembranças...



Flor: 1







Em que estrela você se escondeu?



Sentada em frente ao teclado do computador, espero uma inspiração para te dedicar mais um texto. Já foram tantos...
 Em meus pensamentos, sempre estiveste presente, em momentos festivos ou tristes, nunca consegui te esquecer por completo, porque o sentimento que nos uniu foi muito lindo e ímpar, a dedicação que me ofertaste de forma tão natural e espontânea num gesto de doação completa contribuiu para que ficasses para sempre em minha memória. Humildade e sinceridade sempre vi estampadas em seu rosto amigo. De sua boca, sempre ouvi as palavras mais doces que um pai pode oferecer a seu filho. Pena que tivesses que sair ainda cedo da minha vida. Partiste de maneira leve tal qual a sua existência, e nem na despedida derradeira, pude ver seu rosto amigo para guardá-lo na memória. Talvez tenha sido melhor assim: lembrar-me apenas do teu semblante feliz, brincalhão e meigo. Lembrar-me de tuas mãos, não cruzadas sobre o corpo na rigidez da morte, mas caridosas que nunca negaram ajuda a quem quer que fosse. Recordar teus brilhantes olhos castanhos que me fitavam com tanta admiração, e a neve dos teus cabelos que gostavas tanto de pentear, sempre me perguntando se eles estavam bem...
Pai, hoje com 60 anos de idade, sinto-me órfã, já disse isso uma vez, fazes muita falta em minha vida e sempre fará, enquanto eu viver. A lacuna que deixaste jamais poderá ser preenchida, porque és insubstituível como a água que me aplaca a sede, o alimento que me sustenta, a palavra sábia que me orienta, a música maravilhosa que me acalenta o sono. Hoje, sinto a tua presença a anos luz da Terra, percebo que já não fazes parte dessa dimensão e apesar disso, ainda posso sentir a ligação insolúvel que nos prende apesar da tua partida, em um pequeno gesto meu, que aprendi contigo, no sorriso de um neto que me lembra a tua pessoa amiga. Ver-te em sonhos já é quase impossível. Quantas vezes não nos encontramos neles após a nossa separação, quantos abraços e palavras de carinho compartilhamos. No entanto, nada mais disso é possível hoje, seu rosto, como me dói reconhecer! já é quase névoa que se dissipa no espaço, sua voz carinhosa já não ecoa em meus ouvidos como dantes.
O que é a morte? Quantos mistérios indesvendáveis, que apesar de todo o progresso e modernismo não conseguimos decifrar.
E amanhã no dia de Finados, que tanto me ensinaste a respeitar, o único consolo que me resta  é o de te ofertar flores, que se conseguisse plasmar, te mandaria aos milhares para as distantes galáxias para onde sua energia se foi...Saiba que, se puderes sentir de onde estiveres, e se realmente a alma existir como tantos afirmam, serás para sempre o meu herói; imortal, amado e considerado pelo respeito e dedicação que tivestes com teus filhos, além da vida, além da morte...


*imagem retirada do Google Image: Mensagens Mágicas.com

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Boa-noite.Deixe-me aproveitar o tempo para postar essa nova mensagem. É preciso que se reflita sobre os fatos  que acontecem ou acontecerão no Brasil e no mundo. As principais atitudes que o ser humano deve apresentar no decorrer da sua existência são  a reflexão, o questionamento, mas nunca a passividade, a aceitação de tudo o que lhe é imposto. Da mesma forma, devem-se identificar as intenções ocultas em mensagens publicitárias e anúncios de TV que tanto conduzem e induzem a opinião pública. Porém, para que se tenha esse olhar atento e crítico sobre essas mensagens é preciso estudar, ler muito e não aceitar tudo que se nos apresenta. 
Procurando por novidades em sites de busca, todos poderão tomar conhecimento da última novidade: a implantação de chips em humanos, um lastimável acontecimento que acontecerá em 2013 nos Estados Unidos.E o que é pior: fato totalmente aceito pela população que assiste comovida as mensagens publicitárias, endossadas pelo discurso eloquente do seu presidente da República; a desculpa, como aconteceu com a implantação das malfadadas câmeras de vigilância, é como sempre a segurança. Com isso, torna-se o humano um verdadeiro banco de dados público que  atrelados à conta bancária , na verdade, garantem pagamento de procedimento de saúde numa emergência. Outras possíveis finalidades dessa ação fica na inteligente imaginação de alguns ...




TECNOLOGIA, EVOLUÇÃO OU RETROCESSO?


Revendo a história da civilização humana, verifica-se um progresso considerável em seu desenvolvimento desde as inscrições rupestres da pré-história à revolucionária descoberta do seu próprio código genético nos dias atuais.
Esta última que lhe permitiu a transformação em um pequeno deus possibilitando-lhe a clonagem de células de animais, vegetais e, possivelmente, em breve, de si mesmo, vem ocasionando mudanças significativas no mundo em que vivemos; transformações estas consideradas por muitos indesejáveis e talvez catastróficas para o futuro da humanidade enquanto que um mal necessário para o sistema capitalista,uma vez que tem a capacidade de gerar muito dinheiro e poder. A aceleração do processo tecnológico-científico no que diz respeito à transgênese animal, principalmente, não respeita a vida causando danos irreparáveis àqueles seres que sofreram o processo e que passam a ter com essas modificações em seu DNA uma qualidade de vida inaceitável e indigna perante a ética e ao direito animal. Da clonagem da ovelha Dolly cujo desfecho mostrou que ainda há muito chão a trilhar nesta estrada, à incansável e persistente luta da tecnologia, há uma premissa que promete vencer todos os obstáculos e também se estender para o domínio do homem. A sede pelo poder acarreta o desejo de controle de todos os seres humanos que a cada dia passam a ser usados como máquinas pelo sistema capitalista selvagem dos nossos dias. A industrialização crescente , altamente tecnológica, gera a automação dos serviços com garantia de rapidez e perfeccionismo que superam a atividade humana. Fascinados pelas múltiplas invenções, que por um lado apresentam-se como facilitadoras do trabalho e por outro se revelando como vilãs , invasoras do mercado, os homens não têm apresentado discernimento e espírito crítico para conhecer quando devem parar e deixar de valorizar a máquina em detrimento dele mesmo. Uma prova disso, é o isolamento causado pelas redes sociais que produzem uma pseudo sensação de sociabilidade e participação coletiva. Fala-se agora em algo muito pior, uma forma de se obter informação e controle total das pessoas através de um chip a lhes ser implantado brevemente como forma de armazenar um banco de dados completo do cidadão que vão de informações pessoais a financeiras e quem sabe mais o que, a serviço do sistema  político. Tal fato amplamente aceito pela opinião pública em países de primeira grandeza, certamente acontecerá e acabará se expandindo para os demais povos, inevitavelmente, com a globalização.
Resta-nos saber se a descoberta e a possibilidade da leitura do DNA humano não será a maior ruína,  ocasionada pela perda do bem mais precioso: a nossa liberdade.



terça-feira, 9 de outubro de 2012

É preciso contradizer: estamos ou não em uma democracia?


Voltei novamente às antigas funções do magistério as quais havia abandonado pela aposentadoria desde 2005.
 Ao me inserir novamente na profissão constatei, como exposto no texto anterior, uma nova decadência no nível de aproveitamento  dos alunos atualmente, fato que vem acontecendo regularmente com as novas leis que regem a Educação deste país. Bem, mas o assunto hoje é outro; estou sem postagem há  mais de uma semana  graças ao maciço trabalho em sala de aula e a dedicação que se faz necessária para extrair o mínimo, para tirar leite de pedra, como diz o velho ditado. Porém, ao entrar na sala dos professores hoje, deparei-me com um texto de Bertold Bretch muito questionável por sinal, afixado no quadro mural em destaque que se intitulava: "Analfabeto político" onde propositalmente escolhida, a matéria cuidava de diminuir o cidadão apolítico, acusando-o de analfabeto, alienado, sem interesse nos rumos do país e outros despautérios mais. Como todos afirmam, estamos em um regime democrático, assim posso discordar do autor deste texto que classifica o apolítico como "imbecil" e ele usa esta palavra e ainda o responsabiliza pela marginalidade que ocorre no mundo citando as prostitutas, menores abandonados entre outras mazelas.    Desta forma, resolvi escrever o que se segue:







Analfabeto Político



A arrogância e a certeza presentes em algumas personalidades a respeito de que de tudo sabem revelam-se como uma posição  totalmente descabida e insuportável de se aceitar. Afinal, temos ou não o direito de não votar ou não opinar sobre política? Sabemos que a real postura democrática favorece e garante o direito de todos expressarem ou deliberarem sobre temas diversos e neste caso não pode ser diferente. O que nos torna indignados é que as críticas partem de pessoas totalmente descompromissadas até com sua profissão, pois deixam muito a desejar em seu desempenho profissional. Com que direito então fazem críticas e se julgam totalmente capazes de escolher candidatos e partidos e se julgarem alfabetizados politicamente? Percebe-se visivelmente o descaso com prazos e organização na própria performance de professores que discutem em total falta de ética política com seus alunos e colegas querendo induzi-los a este ou aquele candidato, a este ou aquele partido quando tal ato para um educador é simplesmente fora de propósito, da mesma forma como aqueles candidatos que à semelhança de verdadeiras marionetes são levados ao poder pela força religiosa  que covardemente ilude a população inculta e facilmente conduzida pelo medo de um Deus castrador e ignorante que prolifera nestas casas ditas sagradas, que se assim o fossem, jamais cogitariam assuntos mundanos como condicionar pagamento de dízimo a bençãos divinas e escolha político-partidária dirigida em benefícios próprios. Entretanto, é preciso não fugir do objetivo deste texto que agora escrevo, o analfabeto político é justamente aquele que fixou aquela matéria no quadro mural da escola. E digo isso não por raiva ou pela indignação que de repente invade todo o nosso ser ao ver aquela crítica mais que direta aos colegas de classe, porém por perceber todo aquele que não enxerga mais além, que pensa pequeno e acredita que tudo sabe sobre qualquer assunto, não apenas política. Este é, na verdade, o verdadeiro alienado que aponta o dedo acusador e crítico se achando o "expert", o sabe-tudo quando na realidade, deveria apresentar mais humildade, senso crítico e respeito pela postura dos outros.Parecem não perceber o grande sistema já armado para as eleições onde o candidato nada mais é do que um mero empregado de um grupo poderoso e que deverá cumprir todas as metas traçadas sob pena de perder seu mandato e nunca mais eleger-se a um cargo público. E isto é tão óbvio, que até uma criança poderia perceber, dado a falta de individualidade dos vários mandatos exercidos nos cargos eletivos de presidente, prefeito, governador etc. É visível à obediência a planos pré-determinados que nunca possibilitam o novo, o necessário para todos, mas sim medidas eleitoreiras, patrocinadas por poderosos que constantemente se envolvem em corrupção favorecendo massivamente a classes menos privilegiadas, porém ociosas, que não lutam para seu aprimoramento cultural e econômico usando  o dinheiro público de uma forma injusta, empobrecendo as camadas da população que se matam num trabalho escravo e mal remunerado para sustentar as não merecidas bolsas-tudo que revoltam os "Sansões" da sociedade que dão seu sangue para suportarem uma carga tributária injusta e covarde, como nos apontou tão bem o mestre George Orwell em sua obra magnífica, A revolução dos bichos. Já naquela época,  na Inglaterra,  da década de 50, o sistema político era o mesmo que se apresenta agora.Cabe ainda aqui a pergunta: como uma pessoa pode afirmar que alguém não sabe votar? Como dizer que o ato apolítico é insano? Ora, vamos desconfiar mais e nos superestimar menos, quem sabe adotando uma postura de autoanálise estas pessoas possam descobrir as suas próprias limitações e defeitos e parem de acusar seus pares usando mais o bom-senso, a inteligência e a perspicácia,não se esquecendo  de que isto também, antes de ser político revela inteligência.

*desenho acima retirado do Google Image.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

É preciso muita coragem, força e determinação


Amigos, o meu blog tem sido muito pouco visitado, me expressei mal, muitos têm passado por aqui,mas seguidores são poucos, aqueles que voltam com frequência para dar a honra da sua presença. Mesmo assim, o mundo continua girando e na órbita da existência cotidiana individual os problemas são constantes, independentemente de nossa idade, profissão, nacionalidade. Não é hábito comum em nossa sociedade o de lançar estes problemas e discutir sobre eles de maneira franca; seja por medo ou falta de vontade e disposição. Infelizmente, seja por qual motivo for, com essa atitude vamos ajudando a construir um mundo de qualidade inferior, onde não somos agentes e sim pacientes de um regime dito democrático, mas composto por pessoas de comportamento regido por um sistema ditatorial, que concorda com tudo o que lhe é imposto, pelo menos, é o que parece...









  





Finge que aprende que eu finjo que te ensino




Continua ainda em um impasse a situação da Educação brasileira e pelo que parece não terá solução por muito tempo da maneira como é tratado este setor tão importante da sociedade do nosso país e do mundo inteiro.

Essa decadência, uma verdadeira tragédia que tomou lugar e que vem se alastrando há décadas pelo país, vem formando cidadãos inaptos, incapazes e tremendamente injustos, uma vez que os valores aprendidos com a impunidade que grassa nas salas de aula é gritante. Tal fato acontece em nações cuja administração é fraca, preguiçosa e utópica em suas ações. É verdade que tal desastre não é problema apenas do nosso Brasil, existem muitas nações incompetentes como a nossa que adotaram modelos de educação de outros países, o que é lamentável, pois cada qual tem a sua necessidade e o que é bom para um, não é favorável a outro. O reflexo de uma Educação desse nível revela-se nos altos índices de violência e criminalidade que se estampam nos jornais diariamente. Não há mais respeito pelo ser humano, a figura do professor é quase o arremedo de um palhaço que não tem o seu conhecimento e nível de estudo reconhecidos por ninguém, muito embora hipocritamente se pregue ao contrário. Crianças que vêm de lares na maioria desestruturados pela inserção da mulher-mãe no mercado de trabalho, que não pode ser responsabilizada pelo desvio de comportamento dos filhos; pais ausentes, seja por separação formal ou informal, tipo de trabalho e tantas coisas mais, que vem depositando em creches e futuramente em escolas públicas ou particulares os filhos que vão sendo “educados” por essas instituições quando lá estão e em casa pela mídia massiva, violenta e indutiva, vilã representada pelos programas de baixa qualidade da TV, jogos de videogame, chats e outras porcarias que nada exigem, presentes nos sites de computadores da rede mundial (que curiosamente são modelos trazidos de fora, como a linguagem universal que os caracterizam) e que dão a seus seguidores falsa impressão de inclusão e adaptação a esse mundo nojento em que vivemos hoje, onde um indivíduo só é valorizado pela etiquetinha que carrega em seu vestuário, pela marca do seu note ou de seu celular ou i-phone, discriminando, e essa sim, é a verdadeira discriminação, todos que não se inserirem nesse contexto de burrice e superficialidade que invadiu e bloqueou a massa cinzenta de quase todos os cérebros humanos da nossa era, hoje. A aparência física de nossas escolas públicas atualmente assemelha-se a cadeiões dado ao desleixo com a higiene, com a pintura de paredes, portas e mobiliários ocasionados pela falta de verba e vontade que assolou o país e o vandalismo e capacidade de depredação de grande quantidade de alunos que frequentam esses ambientes, os quais, sem motivo algum, motivados pela liberdade excessiva, falta de limites e impunidade passam a destruir tudo a seu redor; desde material didático a móveis e paredes. Alguém, que não me ocorre o nome no momento, disse que os portões mais fechados são aqueles que podem estar sempre abertos. A grande verdade contida nesta frase infelizmente não pode ser regra num ambiente educacional onde prolifera a deseducação, a maldade juvenil que caminha a passos largos para infração de leis para as quais não há a menor possibilidade de serem obedecidas por esses futuros cidadãos que no interior dos educandários diminuem seus companheiros e pares através do bullying constante, e frustram seus professores com atitudes acintosas de desrespeito e desinteresse pelo estudo. Tudo começou com a reforma e adoção de leis importadas que tornaram a criança e o adolescente o centro das atenções, e que no seu egocentrismo próprio da faixa etária em que estão, começam de forma prematura orgulhosamente a reinar como pequenos príncipes despreparados fazendo tudo o que é possível fazer e tendo que serem ouvidos e respeitados por qualquer asneira que digam. Quanto ao educador, pego de surpresa e sofrendo toda sorte de pressão, coube-lhe a função de Atlas; carregar nas costas todos os problemas que a insanidade e utopia das leis da educação causam, causaram e ainda causarão, como o único responsável pelo fracasso escolar, fato justificado pela péssima remuneração a despeito de todo o seu empenho e dedicação. É óbvio que existem aqueles que maculam a profissão oferecendo um péssimo desempenho e indesculpável falta de ética, porém este fato ocorre entre todas as ocupações profissionais. Entretanto, para as Diretorias de Ensino, as Secretarias e Ministério da Educação, nada disto parece ser verdade, para estes, a Educação está maravilhosa, pois as estatísticas documentais mostram um índice de aprovação antes nunca visto na história da Educação Brasileira, muito embora um curso de Ensino Médio não ofereça o conhecimento de um ensino primário das épocas tradicionais e um aluno ao término do seu curso naõ seja capaz de dizer um "por favor". A bem da verdade, torna-se também necessário afirmar que há até uma preocupação dos técnicos da educação em resolver o complicado problema, contudo ele se arrasta, persiste e só Deus sabe por quanto tempo durará e se haverá uma solução para as escolas e o ensino do Brasil. Hoje contamos com avaliações internas, externas: Saresp, Enem e PISA uma avaliação feita em nível internacional pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ficando o nosso país em 53ª posição em leitura. Todas essas formas avaliatórias a que nossos estudantes são submetidos, apontam um declínio cada vez mais preocupante da Educação brasileira. A ironia, hipocrisia e dissimulação fazem parte dos discursos políticos e das autoridades das instituições responsáveis que cada vez vão produzindo com o efeito de suas leis e decisões, ambiente mais inóspito e desagradável de convivência e aprendizagem: alunos que nada mais querem aprender, pois apesar da modernidade pregada nas novas metodologias aplicadas e estratégias exaustivamente impostas aos educadores deste país, continuam com os mesmos componentes curriculares da época de nossos avós com apenas uma diferença: naquele tempo tão criticado do ensino tradicional, onde os professores eram autoridade e serviam de modelo para sua classe de aprendizes, como forma de desenvolverem valores positivos para a vida social, ninguém estava saturado ao ponto de se chegar à assertiva: "finge que aprende, que eu finjo que te ensino” como forma de mascarar uma situação insustentável, mas que infelizmente quase ninguém tem a coragem suficiente de revelar... Rezemos para que uma luz ilumine os caminhos da Educação brasileira para que possamos  urgentemente efetuar mudanças no padrão desta sociedade!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

E chegou a tão amada programação: campanhas político-eleitorais

Todo o ano eleitoral, entra em nossos lares, sem pedir licença, a malfadada campanha política na televisão. Um monte de asneiras são despejadas a cascatas invadindo nossos ouvidos, onde os candidatos entram na briga do "quem faz mais"... Quando deveriam apresentar uma campanha elegante, inteligente que nos elucidasse, pelo amor de Deus, em quem votar nesse pleito que se aproxima. As velhas figurinhas repetidas voltam a ilustrar o álbum, nada novo. Nos cargos eletivos sempre a mesma casta ocupa uma cadeira cativa que nunca dá lugar ao diferente, a pessoas coerentes que gostaríamos de ter como administradores dos nossos estados, cidades e país. O que fazer?Ainda se ouve muito alguém dizer: o povo não sabe votar, é preciso escolher melhor. Mas escolher onde? quem?
Só sei de uma coisa, para quem tem consciência e o mínimo de discernimento necessários ao ser humano, o ceticismo deve inundar nosso pensamento. Não há mais em quem acreditar...Muitas mudanças radicais foram tentadas e , no entanto, deu no que deu. Publico hoje um texto que há muito estava escrito, salvo em uma pasta do computador, que revela toda a minha descrença e desânimo quanto à política. Ainda bem, para os políticos que há os jovens que acreditam sempre em mudanças e são crédulos. Se dependessem dos eleitores mais vividos e maduros, com certeza o quadro seria outro: um nulo total....Mas vamos ao que interessa.








A HISTÓRIA SE REPETE



Alguém já prometeu uma vez... Por muito tempo, a certeza de dias melhores e mudanças políticas desejáveis foram até vislumbradas. Mas tudo passou, como sempre nada mudou, nada aconteceu. As promessas não se cumpriram, as novas verdades foram distorcidas e acabaram como dantes...
Feudalismo, monarquia, república, comunismo, socialismo e tantos outros “ismos” e a verdade continua a mesma: não há solução para os problemas que afligem o povo de qualquer lugar do planeta. A elite privilegiada sempre existirá e prevalecerá desde que foi criada. E para que ela se mantenha no poder deverá ficar no alto da pirâmide hierárquica, seguida de perto por outras elites como a religiosa, militar, indústrial e outros, enquanto o povo ocupará como sempre a base da pirâmide tal qual era no passado.
De todas as correntes políticas que passaram pelo país, nenhuma delas privilegiou a base da pirâmide: do feudalismo à monarquia quase nada mudou da mesma forma que a República não solucionou questões que ao povo dissesse respeito, e a despeito de novas promessas de que dias melhores virão com esse ou aquele regime político resta-nos o ceticismo total ou a esperança de que um dia seja possível visualizar épocas mais felizes.
Quando analisamos os fatos à luz da história iremos perceber que as palavras que foram o lema da Revolução Francesa no século XVIII:  Liberdade,Igualdade e  Fraternidade jamais serão consideradas principalmente na sociedade atual, que privada de cultura e conhecimento talvez nem saiba qual o real significado destes vocábulos.
Basta voltarmos ao século XIX após a Proclamação da Independência.  José Bonifácio era o responsável  por grande parte dos atos políticos do príncipe D. Pedro. O patriarca da Independência era um homem de inteligência ímpar, estudioso e de uma cultura sem igual, no entanto, qual o final de vida que lhe restou? Morreu na mais absoluta miséria, em sua casa, envergonhado ao receber visitas famosas a observarem os lençóis remendados que lhe cobriam o leito.
Quando houve a abdicação de D. Pedro I a seu filho, veremos que na impossibilidade do mesmo governar como rei, esse encargo foi designado a outras regências enquanto o então Príncipe Pedro II se esmerava nos estudos para obter a mais lapidada formação e ocorreu o mesmo que já havia ocorrido com José Bonifácio, o então regente que tanto bem fazia, revelando-se um mecenas generoso que custeou a carreira de muitos artistas, entre eles Carlos Gomes, passou a viver em dificuldades financeiras, caindo sua popularidade de príncipe, pois se apresentava publicamente com roupas rotas e carruagens velhas e decadentes que diminuíram a imagem do império perante os brasileiros.
Com todos os acontecimentos como as posições políticas que D Pedro tomava contra os poderosos militares e igreja acabou sendo exilado morrendo distante e sempre a sonhar com a tão amada terra, o Brasil.
E quantas traições aconteceram dentro desses regimes políticos, tudo pela ambição pelo poder em primeiro lugar.

Hoje, nos deparamos com um cenário de miséria na política internacional e nacional. Uma miséria cultural onde a ética, os valores dignos como a honestidade não têm mais lugar. Temos uma república fraca, escrava de economias ambiciosas e ávidas pelo poder, contamos com políticos mal preparados, sem cultura e sem valor moral.
Quando nos encontramos às voltas com parlamentares que mal conseguem assinar o nome, são submetidos ou condicionados a ocuparem um cargo importante para o país através de um ridículo ditado de palavras é que nos perguntamos: do que valem tantas revoluções e tantas vidas que se perdem e se perderam para efetuar mudanças.
Quando começamos a perceber, que  no ambiente político que nos rodeia só existem sujeira, corrupção e interesses pessoais é que nos perguntamos: temos o quê comemorar nestes 121 anos de república?
Infelizmente só podemos parabenizar aqueles que realmente se empenharam no passado e dar os pêsames aos homens públicos do presente que não sabem e nem querem saber o que é uma política justa...






sábado, 11 de agosto de 2012

Amanhã é o seu dia...



Que dia importante é o de amanhã, sobretudo para aqueles que como eu,  puderam ou podem contar com a presença paterna em suas vidas, e que essa bênção possa ser reconhecida em tempo para aqueles que ainda apesar de não a terem reconhecido, ou dado o merecido valor, podem contar com ela.





Ontem, hoje e sempre te amo...






Quanto tempo já se passou e ainda parece  ontem que corria feliz pela casa e pelo quintal... Uma menininha  de sardas espalhadas pelo rosto a balançar os cabelos ao vento... A praticar travessuras, caindo de árvores, da cadeira da mesa da cozinha, dando gargalhadas e zombando de tudo, até mesmo da seriedade das pessoas adultas que viviam a dizer: "tenha mais compostura, menina!"
Mas de nada valia, para nada disso ligava, vivia subindo pelos cajueiros, mangueiras e goiabeiras do pomar a singrar pelos troncos das árvores como se fossem mastros arrastando a companhia do irmão menor, bisbilhotando os quintais vizinhos de cima do posto mais alto do nosso navio como imaginava a fértil inocência infantil...
Foi naquela época que aprendi a te amar, pela sua compreensão, amizade e carinho sem igual. Conforme o tempo passa, não nos é possível lembrar de tudo o que já aconteceu em nossas vidas, mas o cérebro fixa as coisas mais significantes e de quando em quando ocorrem lampejos de algumas passagens menos importantes, embora não menos relevantes que compuseram nossa estrada. Como aquela que agora me vem à cabeça, da sala de espelhos em que fomos juntos, não me lembra bem se era um circo ou uma pequena amostra, uma vez que morávamos em uma cidadezinha do interior, naquela época insignificante e quase sem recursos. Para mim, uma diversão sem igual, enquanto nos mirávamos naqueles espelhos que produziam as mais variadas imagens, extremamente finas, ou que alongavam exageradamente as silhuetas quando não as deixavam enormes e até assustadoras... Você sempre ao meu lado como um menino a rir sem parar tentando me fazer feliz sempre, a qualquer custo. Outras vezes, lembro-me dos presentes que desastradamente querias me esconder sem, no entanto conseguir seu intento, derrubando-os no silêncio da noite, acabando com a surpresa tão pretendida!
Não sei quantas vezes compartilhei contigo as fases mais importantes da minha vida: passagens tristes, alegres, festivas, românticas e catastróficas.Em todas elas você sempre foi o verdadeiro pai que apesar de ausentar-se toda a semana para trazer o tão sofrido pão, nunca deixou faltar o conforto,  sempre garantindo  o lazer dos filhos acima de tudo, o estudo tão valorizado e incentivado, a qualidade da educação apesar da humildade, a oportunidade de conhecer sempre as coisas boas da vida e sobretudo: o exemplo a falar mais forte.
Tudo isso calou fundo na alma e hoje, apesar de ver-me sozinha na estrada, pois você já seguiu a jornada mais longínqua e sem volta ao mundo espiritual, posso sentir uma solidão saudável, que me diz  que eu tive um Pai, enquanto muitos não tiveram essa felicidade,  fui amada quando tantos não conseguiram essa dádiva, tive um lar que você me proporcionou enquanto outros não puderam aproveitar desse aconchego.
E nesse seu dia, se estivesses ainda aqui, eu te cobriria de beijos de agradecimento tentando retribuir toda a qualidade do seu amor  doado sem nada cobrar, ou pedir. Ah! se estivesses ainda aqui... 



segunda-feira, 30 de julho de 2012

O desânimo me tomou por completo. Como lidar com ele e continuar na lida da criação que sempre foi o meu mais amado afã?


Para onde foram as palavras?



 Sem vontade alguma de escrever, sento-me como um Robô em frente ao monitor, afinal para quê fiz um blog? Sempre amei escrever, desde os primeiros anos escolares em que me dei por gente, destaquei-me por fazer lindos textos, melhor dizendo, apaixonados textos que criava cuidadosamente. Onde se perdeu aquela volúpia de lapidar as palavras, escolhê-las com esmero e espalhá-las como sementes de flores num jardim? Hoje, porém, não sei o que acontece comigo... Estive afastada da tecnologia por força das circunstâncias e durante um bom período de tempo o blog ficou exibindo os velhos textos escritos no entusiasmo antigo, e, o vazio das páginas que aguardavam para serem trabalhadas. Como esperei ansiosamente para que pudesse postá-las! Eram dias e noites de vigília; de vez em quando um pequeno texto escrito no burburinho de uma lan house para aliviar a tensão e mais nada... No entanto, com o passar dos dias e com a falta de publicações, nenhum seguidor para acompanhar meus textos, nem novos, nem antigos compartilharam do meu caderno que se tornou totalmente solitário, amigos presentes se ausentaram, não mais apareceram para deixar algum comentário. Escrever para quê e para quem é o que me pergunto agora incessantemente e chego à conclusão de que não tenho mais a futilidade necessária, aliás nunca tive, para criar textos interessantes para o internauta moderno. Tampouco a alegria contagiante como requisito para animar os mais velhos. Minha vida chegou ao meio da estrada e não dei por mim que havia perdido muita coisa pelo caminho, deixando-as cair sem que me desse conta e acovardada demais para que as resgatasse. Hoje, acordei subitamente consciente da perda e totalmente impotente perante as asperezas e agressões a que a vida nos submete e sobre as quais não conseguimos vitória. Já não há o vigor da juventude para mandar desafios, e, no entanto ainda questiono se devo cruzar os braços, ou lutar para que não perca mais pela jornada. Muitas divagações de ordem filosófica ocorrem nestas etapas da existência humana quando já sentimos não possuir o que de mais caro almejamos, aliado ao fato de impossibilidade de realizar o que tanto esperávamos. É a vida... Muitos dirão. Nascemos e morreremos sozinhos embora estejamos às vezes rodeados de pessoas e em meio a uma tremenda solidão. Ou talvez, literalmente solitários em meio a um vazio assustador... Como encontrar ânimo para continuar o resto do caminho? “Navegar é preciso...” alguém já disse. Só que se esqueceu de acrescentar que é preciso coragem, determinação e vontade de navegar. Que eu consiga ser como a árvore que balança calmamente seus galhos perante a leve brisa e os agita vigorosamente ante o vendaval. É a sabedoria do dançar conforme a música, tão cômodo, porém tão covarde. Que eu aprenda a ser como a madeira aromatizada que perfuma o machado que a derruba, sem atitude alguma de luta ou revolta. Tantas são as coisas das quais é preciso falar: do clamor por justiça, da luta por um filho ou filha que necessita da mão amiga, mas eles se foram pelo o mundo para o qual foram criados,da revolta com os absurdos do dia a dia e de tantas verdades mais... Quem sabe amanhã não acorde totalmente recuperada da inércia que de repente me acometeu a alma e resolva lutar com as palavras, a minha arma mais precisa e preciosa amiga que sempre estará a meu lado como confidente fiel.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Que felicidade!!!!!!!!
Finalmente estou sossegada em um lugar e posso ser alguém no mundo!!!!! Sim, porque hoje em dia, quem não tem acesso à Internet é ninguém, nada vale, nada é. Volto a ter acesso efetivo no meu caderno mais ou menos solitário que é o blog. Pouco acessado, porém, é o meu espaço de desabafo das agruras da vida, o meu divã psiquiátrico onde posso expor minhas emoções, lembranças, posso chorar a perda dos entes queridos, construir mensagens maravilhosas de amor e também manifestar minha revolta e indignação perante a insensatez que prolifera e fere os nossos direitos. Se podemos nos manifestar num caderno solitário como é um blog, é pura verdade, porém se seremos sancionados ou não, é preciso esperar para ver.O texto de hoje é bastante polêmico, porém verdadeiro, espero que gostem....









JURISPRUDÊNCIA X CONSTITUCIONALIDADE 






Entende-se por Constituição de um país, o conjunto de leis formuladas à vista da justiça e da ética que servem para respaldar os direitos e deveres dos cidadãos de determinada nação. Construída ao longo do tempo, procura abranger todas as situações conflitantes que possam envolver um povo buscando não agredir os parâmetros da lógica, da coerência e da igualdade de direitos, indistintamente. Existe em todos os países que desejam o mínimo de respeito para com seus compatriotas no que diz respeito à imparcialidade e equidade entre todas as classes sociais. Da mesma forma, pode ser extensa ou sintética e tal fato não influi na qualidade do seu teor; o que realmente importa é que seja obedecida para que não caia no descrédito e ineficácia de sua existência.
Os Estados Unidos da América, por exemplo, possuem uma Constituição bastante simples, cujo conteúdo cabe em uma folha de sulfite, no entanto, há uma predisposição de respeito, uma postura de obediência à Carta Magna, que nunca muda, já há mais de duzentos anos. Assim, o cidadão americano pode até memorizá-la, o que facilita sobremaneira a sua aplicação e cumprimento. E muitas outras Constituições existem mundo afora, mas a que nos diz respeito é a nossa, o objetivo deste texto.
Acontece que no Brasil, já mudou por diversas vezes, e o que é pior: nem conhecida do povo brasileiro o é: imensa, quase um pequeno livro, não há a praticidade de sua aplicação, sem contar a linguagem, que extremamente formal, não facilita ao cidadão comum, para quem foi feita, o seu entendimento.
Como se não bastasse, as constantes mudanças e emendas cada vez mais afastam o cumprimento destas leis que garantiriam a “Ordem e o Progresso” estampados em nossa bandeira. A nova Constituinte produziu uma Carta Magna imensa, cansativa de se conhecer ou ler, de difícil compreensão e, consequentemente, aplicação.  Como já é de praxe em nosso país, o povo jamais participa da construção destas leis ficando de lado de toda e qualquer formulação e mudança que diz respeito à nação. Isso é uma lástima que não apresenta maneira de ser mudada, afastando a participação coletiva, restringindo a sua construção a uma minoria, o que muitas vezes, abre precedentes para que a maioria das leis seja elaborada em caráter arbitrário, beneficiando pequenos grupos, privando a cidadania, apesar de que se pregue o contrário.
Há um velho ditado que diz: “O que não tem remédio, remediado está” e neste caso do envolvimento dos interessados na construção das leis brasileiras, ele se aplica maravilhosamente bem.
Pode ainda haver coisa mais funesta do que esta? Por incrível que pareça, há. Uma coisa tremendamente pior do que tudo que foi levantado acima: a falta de cumprimento da Constituição. Por parte do cidadão comum, este descaso e descumprimento são até compreensíveis, dado a uma Educação de má qualidade que além de não formar o leitor eficientemente e não o capacitar ao entendimento da linguagem de cunho técnico e formal vem formando pessoas egoístas, desrespeitosas e antiéticas dado à impunidade que assola o país.
O fato mais incompreensível é quando se verifica que até judicialmente esta Carta Magna tem recebido pouca importância e consideração, passa-se por cima das leis como um trator patrola a terra para aplainá-la e são constantes as agressões a que nossas leis são submetidas; aqui se abre uma exceção para um parágrafo, acolá para um item inteiro e lá se vai por terra todo o esforço despendido para sua elaboração. 
Para que esta argumentação não fique muito vaga, explicito com um fato ocorrido em processo: foi concedida pelo juiz a validade de uma prova que se constituía em uma degravação telefônica sem autorização judicial, e tal medida foi considerada superior a documentos oficiais escritos que faziam parte dos mesmos autos. O que causou estranheza foi que mesmo a prova tendo sido derrubada em 2ª instância, continuou sendo usada como prova e o mais agravante: prevaleceu sobre os documentos considerados legais pelo próprio poder judiciário. Como isso pôde ocorrer?
 Outro fato absurdo que fez parte do mesmo processo foi a alienação de bens sem a outorga uxória que foi considerada válida tomando por base a malfadada degravação supracitada e gerou a assinatura da escritura de imóvel vendido sem a autorização da parte, revelando que esta nossa Constituição pode ser rasgada e jogada no lixo, pois já não tem valor algum, sem contar que basta procurarmos em processos já julgados o quanto ela é agredida, desprezada e deixada de lado; e o mais nefasto é que toda esse pouca vergonha e falta de ética vira jurisprudência, isto é, serve de base e respaldo para que novos processos que agridem às leis sejam também vitoriosos e negligenciem cada vez mais a legislação do Brasil.
Há que se ter vista para toda esta sujeira neste país dito democrático onde não se pode ter indignação e sequer liberdade de expressão, onde o cidadão sofre o abuso de poder da classe judiciária, legislativa, executiva, enfim, de todas as classes dominantes e ao usar da franqueza da pena ou do verbo, corre o risco de ser processado e ameaçado por dizer a verdade.

*imagem acima retirada do Google  image: br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/justiça