quarta-feira, 9 de janeiro de 2013






O texto anterior relatou o superficialismo que molda a intelectualidade das pessoas em nossos dias... Falou também da futilidade presente em temas dos programas de TV. O texto de hoje, não é muito diferente...

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Presas por tentar acordar grupo em sono profundo...



Completando o time dos programas ridículos e massificadores da emissora mais proeminente de televisão, surge o carro-chefe, exibido anualmente, o reality show das banalidades que se resume em apresentar vida de gente insignificante para o desenvolvimento do planeta, porém altamente responsável pela atrofiação cerebral do ser humano: Big Brother Brasil.
Feito aos moldes de programas superficiais e inúteis de países de primeiro mundo como Estados Unidos resume-se a exibir cenas da vida alheia de patricinhas e cowboys que não utilizam nem 30% da sua massa cinzenta e que, no entanto, bomba na audiência e IBOPE. O objetivo deles segundo consta é ganhar dinheiro, venderem sua imagem e se venderem a um jogo barato, que se divide entre exibição de cenas rotineiras do dia a dia, fofocas e sexo que à semelhança do programa político eleitoral invade sem pedir licença nossos lares espalhando a prostituição, a superficialidade, modismo e burrice por todos os cantos.
Ainda denominam reality show, a toda aquele simulacro que realmente só tapeia imbecis, robôs que já foram destituídos de corpo e de alma. Da malfadada vinheta que anuncia o início do programa ao seu final, pode-se dizer que todos os pecados são expiados para aquele que consegue assisti-lo.  
O que traz de construtivo este tipo de programação? Até hoje não se ouve, ou não se é permitido falar mal, ou a verdade sobre este projeto de mau gosto, como é a tônica de todos os programas hoje em dia.
Impossível uma televisão ligada 24 horas diárias conseguir fazer neste esquema matérias ótimas o tempo todo, é preciso urgentemente, reformular a ideologia da televisão brasileira que atualmente não faz com que o telespectador cresça e aceite aquilo que faz bem para sua mente e corpo. Ao invés, a programação descamba vertiginosamente deixando de exibir a verdadeira arte em detrimento apenas do gosto popular. O que culmina no que nos resta exibido nas telas dos caríssimos aparelhos de led cheio de sofisticações para tão pouco, cujo requisito maior é a imbecilidade de apresentadores e matérias inúteis e cansativas!
Os integrantes do BBB 2013, assim como os anteriores, se expõem como animais na gaiola em uma casa de vidro, como seres raros ou em extinção para milhares de criaturas sem vida própria e sem  raciocínio que lotam o shopping e ali perdem horas preciosas da vida na expectativa de simples mortais inexpressivos, cujo brilho foi fabricado pela poderosa mídia e patrocinadores milionários.
E enquanto isso, pessoas morrem de fome, sem assistência médica, sem Educação, Segurança ou Justiça de qualidade em suas vidas. Quanto tempo vai durar esse pesadelo? Quanto tempo mais teremos que suportar tanta insanidade? Todos estão dormindo, um sono profundo, um transe que não passa. Quando, ao exemplo da Bela Adormecida, surgirá um príncipe para ofertar o beijo que desperta?
Hoje, um grupo de ativistas de origem ucraniana, revoltadas pela banalidade que o BBB encerra e a abdução que provoca na população alienada que ali lotava o shopping Santana na observação doentia daqueles raros animais, sofreu sanções e prisão após se desnudarem para chamar a atenção das pessoas que só tinham vista para o cenário ridículo da casa de vidro.
Engraçado, foram presas por tirarem a roupa, ato considerado obsceno e ninguém teve olhos para a obscenidade da conduta destes BBS que passam a maior parte do tempo em um joguinho de sedução barato, enrolados em edredons levando milhares de adolescentes a agir com leviandade, induzindo à prostituição e nada é dito a esse respeito. É proibido falar, julgar personagens eleitos pela mídia. Se falarmos em censura ou maior dose de discrição para o fato poderemos ser rotulados de ditadores, comunistas ou coisa parecida...
Esperemos que um dia aconteça um milagre e tudo isso se acabe como num passe de mágica.