quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Terminadas as festas de Natal e as demonstrações de espírito natalino presente nos gestos da maioria das pessoas, é tempo de comentar um sentimento vil, próprio daqueles que segregam em suas presas o veneno das víboras...


ABRAM OS OLHOS



Desde há muito,  as atitudes puras, honestas em relação à amizade e relacionamentos vêm se escasseando à medida que o tempo passa. Convivemos atualmente com verdadeiras cobras criadas na sociedade em que estamos inseridos, seres que não merecem de nossa parte à mínima confiança, o que é deplorável. Tal fato acontece em todos os círculos sociais, entre amigos, colegas de trabalho, marido e mulher e, até mesmo, entre parentes, fato inadmissível entre pessoas do mesmo sangue.
A disputa por poder predomina nos fracos de caráter que sem o carisma e a simpatia necessários para arrebanhar amigos, preferem usar de meios indignos, covardes de ganharem prestígio através da escuta e troca  de maledicências sobre seus pares, em nenhum momento fazendo uma autoanálise de seu comportamento ridículo e maléfico. O que impulsiona esse procedimento desonroso é o grande sentimento de inveja que lhes alimenta o íntimo, uma vez que não têm a disposição necessária para a luta da vida e a inércia, que como uma trava os domina,  impede que trabalhem com a força e o vigor tão imprescindíveis para que se equiparem aos nobres de espírito e puros de coração. Além disso, não apresentam um diálogo que seja suportável de ser ouvido, pois, sem vida, o assunto preferido é falar das outras pessoas.
São pseudos amigos que mostram falsos sorrisos e pelas costas apunhalam aqueles que dizem amar, são parentes que unem-se e fazem uma verdadeira investigação sobre a intimidade daqueles que admiram, mas, odeiam, espalhando os detalhes com tamanha sordidez que chega a assustar pelo fingimento apresentado.
São risinhos e comentários irrelevantes e maldosos pelas costas, coisas de uma hipocrisia ímpar, ações desencadeadas no escuro, às escondidas, onde não há como camuflar o veneno que estão a disseminar; também não há como ocultar em seus sorrisos amarelos, o ódio que sentem por aqueles que invejam.
Intensamente egoístas querem o mundo todo a seus pés, desejam receber todas as visitas e atraírem o maior número de "amigos"para deles extraírem o que podem, sugarem como chupins tudo aquilo que conseguirem para que não precisem dedicar-se a trabalhos físicos para obtenção de benefícios. Suas doenças são as piores, aliás, não ouvem ninguém, apenas  querem serem ouvidos aborrecendo com longos e inconsistentes relatos todas as enfermidades que já sofreram, já que são as piores vítimas que o universo já conheceu.
Quando não é isso, são as rotulações em que vão enquadrando a todos, sem ao menos desconfiarem do quão chatos são; as ótimas pessoas são aquelas que lhes fizeram algum benefício de ordem material ou econômica, e repentinamente o deixam de ser quando já não lhes são úteis. Da mesma forma, são os piores "puxa-sacos" dos mais ricos, enaltecendo-os mesmo que não mereçam.
Muitos desses maravilhosos seres afirmam ser francos, dizerem o que pensam na cara dos outros e com isso não percebem o quanto são inconvenientes, grosseiros e incapazes, deixando transparecer a qualquer idiota o quanto "amam" a todos. São eles os melhores pais e mães que produzem filhos de personalidade frouxa e Maria-vai com-as- outras, porém diminuem os demais, à semelhança do macaco que sentando em cima do rabo, fala do comprimento do rabo dos outros bichos.  Com amigos assim, ninguém precisará de inimigos para derrubá-los, e olhem que a queda que provocam é mais intensa, uma vez que agem pelas costas, de maneira muito vil.
Esses são os insuportáveis, cuja fala dá sono e modorra, provoca mal-estar e pressa de ir embora o mais rápido possível.
Infelizmente, não há como mudar tal comportamento que se apresenta como o pior dos cânceres já vistos, pois a ferida que provoca é incicatrizável. 
Precisamos de muita reza brava, patuás, ramos de arruda e toda sorte de prevenção contra esse mal...